Sobe o pano da 28.ª Mostra de Teatro, iniciativa que arranca esta sexta-feira e que leva a várias salas do concelho almadense 18 grupos com 17 criações, apresentadas em 27 sessões e por onde passam autores como Federíco García Lorca, Agatha Christie, Henry Miller ou Arthur Kopit.
“A Mostra é um dos pilares da nossa programação cultural, em especial se levarmos em conta as artes performativas. É um momento muito importante para a cidade porque Almada é uma capital das artes performativas e neste mês convoca a cidade e os grupos de teatro a partilharem as suas obras e a criarem um mês efervescente de apresentações”, sublinha ao Senmais José Cortez, assessor de Cultura da presidente da câmara de Almada.
A mostra arranca com “A balada do que poderia ter sido”, uma criação coletiva da Associação Cultural O Mundo do Espectáculo, que vai à cena a partir das 21h00 no Auditório Fernando Lopes-Graça.
Na vasta programação, delineada até ao final de novembro, o grande destaque vai para a estreia de dez peças de dez grupos de teatro. A primeira acontece já no sábado com “É meu”, de Catarina Pé-Curto, pelo Teatro de Areia e Associação Cultural O Mundo do Espectáculo, às 17h30 na Biblioteca Municipal José Saramago. No leque das estreias aparecem ainda “Dama de Espadas”, de Luís Menezes e Sofia Raposo, pelo Alpha Teatro; “E Agora”, de Ângela Ribeiro e Susana Rosendo”, no Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro; “O Jarrão Chinês”, de Jean-Pierre Martinez, pelo Grupo de Teatro da Dom Sancho; “A Parábola”, uma criação coletiva do Novo Núcleo de Teatro; “Do Desconcerto do Mundo”, pelo Ninho de Víboras, a partir de Luís de Camões, “Tullidos”, de Manu Medina, pelo Teatro & Teatro; “Planeta de Ti”, uma criação coletiva redigida por Eugénia Viana, pelo Cénico da Incrível Almadense; e “Sou”, pelo Teatro ABC.PI, de autoria de Martha Garcia.
Entre as outras atividades promovidas no certame, como sessões para bebés, oficinas e uma residência artística, destaque ainda para a apresentação do documentário “Verdade Ou Consequência?”, de Sofia Marques, que assinala a vida e obra do ator e encenador Luís Miguel Cintra, no dia 27 no Auditório Fernando Lopes-Graça. “O Luís Miguel Cintra é uma figura muito importante, não só pelo trabalho que realizou e as pessoas que formou neste território. Todos são unânimes a referir que se tratou de um pioneiro, resistente e construtor de um legado extraordinário. Tê-lo cá é seguramente um momento alto desta mostra”, destaca José Cortez.