Troço entre a praia da Figueirinha e o Creiro encontra-se encerrado, por decisão da autarquia, por razões de segurança. Assunto chegou ao ministério do Ambiente, mas parece estar parado.
Continua por resolver a situação provocada pela existência de uma rocha, com um peso calculado de mais de mil toneladas, em risco de ruir em pleno Parque Natural da Arrábida. Mais de dois anos depois de ter sido identificado o problema, o bloco rochoso continua a motivar, por razões de segurança, o encerramento do troço entre a praia da Figueirinha e o Creiro, na estrada do Círio, que dá acesso ao Portinho da Arrábida.
“Voltamos a chamar à atenção a quem tem a responsabilidade sobre a ação concreta que resolva o problema deste bloco rochoso, que se encontra pendurado sobre a estrada e a praia. Da parte da câmara temos tomado todas as medidas que estão ao nosso alcance para garantir a segurança da circulação e das pessoas, no sentido em que não aconteça nenhum acidente que tenhamos de lamentar”, avançou André Martins, presidente da autarquia.
Nesse sentido e passado dois anos da Proteção Civil Municipal ter identificado a situação, o edil sadino voltou a apelar a uma intervenção por parte do Governo a fim de solucionar a questão. “A situação é grave e é necessário decidir com rapidez sobre a forma de resolvermos o problema desta ameaça. Mais uma vez apelamos a este Governo, mesmo em gestão, que tome decisões e desenvolva todo um processo que leve à contratação das empresas da especialidade para intervir e resolver este problema”, sublinhou.
Os apelos lançados por André Martins surgem pouco mais de um ano depois deste ter enviado uma carta a Maria Graça Carvalho, na altura recém empossada ministra do Ambiente pelo Governo da Aliança Democrática, a apelar a uma rápida solução do problema. Contudo, desde aí parece não terem existido mais desenvolvimentos.
De acordo com a autarquia, os contactos com a tutela sobre esta questão foram encetados ainda durante a governação socialista, com Duarte Cordeiro, tendo ficado estabelecido, num encontro que ocorreu em junho de 2023, de seria realizado “um estudo técnico para definir as condições da intervenção”, e sido assumido pelo ministério de que a “solução global para este caso seria financiada pelo Fundo Ambiental”.
Face à indefinição vivida, André Martins apelou também ao bom senso e cumprimento das regras por parte dos cidadãos. “Respeitem a sinalização para que não exista atravessamento deste troço no sentido de precavermos acidentes pessoais e de bens”, referiu.