“- Sentinela alerta. – Alerta está. – Passa palavra.”
ERA com esta ladainha que os militares asseguravam, durante a noite, a vigilância nos quartéis, mas, com o passar dos tempos é natural que os rituais sofram alterações e com as novas tecnologias tudo esteja diferente e, eventualmente, mais susceptível a violações.
É reconhecido que no nosso dia-a-dia o alerta deve ser uma constante mesmo que aparentemente não haja razões para isso. A experiência ensina-nos que estar atento não faz mal a ninguém e quantas vezes já nos aconteceu isto ou aquilo por que estávamos distraídos…
Tanto se tem falado nos perigos nas estradas e os desastres são contínuos e raro é o dia em que não se registam mortes e feridos graves como consequência de acidentes.
Não faltam argumentos para desenvolver este tema e o cidadão não encontrará justificação para dizer que não foi alertado para a epidemia da moda, conhecida como coronavírus e que a senhora diretora geral já previu que pode muito bem afectar (não infectar) – ou será ao contrário? – um milhão de portugueses.
Ao longo do dia são muitas as horas que as TV e as rádios dedicam ao assunto mas poucos ensinamentos nos são divulgados, constando as comunicações com a informação do reduzido número de casos positivos ao mesmo tempo que nos tranquilizam com a “elevada” quantidade de camas disponíveis nas unidades hospitalares.
Recordamos os tempos da “gripe asiática” – já lá vão mais de seis décadas – e o certo é que alguns médicos amigos concordam quando digo que “uns copinhos de bagaço e deixar passar o tempo resolvem o problema”, mas os entendidos dizem que ainda não há solução.
Como ainda não chegámos à dezena de infectados do milhão previsto pela governanta, não digo para beberem uns copitos, mas fiquem de alerta!
FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista