Andávamos nós desde o início do ano muito ocupados com a pandemia, olhando uns para os outros sempre a ver se descobríamos quem estava por detrás da máscara e surge a polémica da demissão do presidente do Tribunal de Contas, deixando muito ocupados o primeiro-ministro e o Presidente da República e preocupado um presidente de um pequeno partido que já fez saber que vai chamar à Assembleia da República o presidente do TdeC que não foi reconduzido no mandato.
Na sequência desta não renovação de mandato, que há quase três décadas foi estabelecido que teria apenas quatro anos de vigência, logo se falou de outros cargos que têm as suas regras e que não têm causado grande controvérsia, embora haja sempre quem não esteja de acordo com as decisões tomadas pelos que estão no poder e que têm que decidir.
Vivemos há quase meio século em Liberdade mas há sempre quem procure nem que seja uma vírgula para que as coisas corram mais de acordo com a sua maneira de pensar e embora haja muitos órgãos que são eleitos pelo voto universal, logo apareceram as limitações, como por exemplo a decisão da Assembleia da República que obrigou a que nas autarquias os presidentes apenas poderão cumprir três mandatos consecutivos não interessando a quem legislou se o edil fez um bom trabalho ou não e quartando a liberdade ao munícipe de eleger o autarca que zela pelo interesse do concelho e ou da freguesia.
É uma realidade que há sempre muita gente disponível para que os seus partidos os candidatem a um lugar com muita responsabilidade e também com algumas regalias, mas quando surge a palavra limitação, quem decide deveria ter muito mais cuidado.
Imaginemos o que seria se agora aparecesse alguma mente brilhante a legislar para que o mandato dos presidentes dos clubes passasse a ser limitado. Se tal acontecesse uma coisa teríamos como certa pois o descontentamento popular bem se iria fazer sentir em tudo o que é lugar.
FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista