Irmãos Siameses na Política

Em Março de 2020 escrevíamos que iriamos ter uma crise económica, seguida da social e da financeira terminando na crise política. Também prognosticamos que as instituições centradas no individualismo e que não abrissem à partilha correriam o risco de eclipsarem, mesmo aquelas que possuem uma História secular. Neste emaranhado de dificuldades estão as empresas, as associações em deferentes graus de intervenção social e acima de tudo muitos milhares de cidadãos, de modo particular os que vivem em Portugal.

Há políticos que não aprenderam com a pandemia. Nomeadamente, deveriam olhar e focarem-se em resolver os problemas particulares das pessoas e as suas preocupações. Em Portugal há a cultura dos homens e mulheres viverem estados de espirito que vão do exuberante sucesso ao desespero para a sobrevivência e como tal teria sido uma oportunidade de comunicar de modo diferente por parte dos agentes políticos com relevo para o “Dupond” que exerce as funções de Primeiro-ministro e o mesmo se aplica ao “Dupont” que transitoriamente está como líder da oposição.

Ora, estamos perante um quadro de perceção por parte dos cidadãos errado. As empresas já não acreditam em muitas medidas de apoios que tardam a chegar e muitas pessoas perderam a sua qualidade de vida e bem-estar, sabem que as promessas nunca serão cumpridas.

E neste quadro temos um Governo preocupado em construir pontes com dinheiro que vem aí, ou tarda em chegar. Temos um líder de oposição que nem a sua casa governa bem, anuncia mais depressa que o Governo a predisposição para alterar as Leis que permitam criar investimento estúpido num porta-aviões da Península do Montijo.

Temos o “Dupond” a governar em vez de ter criado planeamento e investido na saúde para mitigar vítimas da pandemia, apressa-se para aprovar Leis como a da Eutanásia num período como este, demonstrando falta de sensibilidade, só preocupado com a sobrevivência e controlando o epicentro da esquerda.

Do outro lado, temos o “Dupont” que não sabe de que lado o seu partido está e faz acordos com defuntos políticos da direita para que se perceba que tem medo em falar às pessoas de bem e anuncia medidas legislativas atrás do “delinquente” da política que o é o P.A.N., exigindo que os responsáveis políticos têm que prestar declarações informando se pertencem a determinadas instituições seculares e históricas mas discretas e que sobrevivem a pessoas com o carater destes manos siameses.

Não aceitamos a governação à esquerda, porque esta só sobrevive com Nações pobres e miseráveis e oligarquias governativas. Veja-se o exemplo, do elevado património imobiliário do Partido Comunista, no entanto isentos de impostos.

Não toleramos mais falta de alternativa em Portugal, com o Rui Rio à frente do P.S.D. é o caminho de vanguarda para desaparecimento do Partido, urge reinventar internamente uma luz.

Sim queremos um Portugal de vanguarda com estirpe de gente que deu provas nesta pandemia como muitos no passado da História que souberam projetaram a Nação e alguns colheram os ensinamentos no seio da vivência dos valores da Maçonaria.

Sim acreditamos em projetos como os Escuteiros, os Rotary, a Cruz Vermelha, o derrube do apartheid na África do Sul, a Independência de Timor-Leste, no Serviço Nacional de Saúde, entre milhares deles pelo Mundo e em Portugal, que tiveram a sua génese em Obreiros da Maçonaria.

Estamos fartos dos irmãos siameses na política portuguesa. É preciso ter caminhos alternativos para que a democracia seja mais livre e as pessoas saibam fazer escolhas entre o bem e o mal, o modelo híbrido da política nunca deu bom resultado para as gerações seguintes.

Espaço livre e aberto
Zeferino Boal
Colaborador