Preciosidades de um passado que é também futuro

Têm passado pelas páginas desta revista preciosidades históricas e culturais deste Alentejo tão rico que não pede meças a nenhuma região do país.

Estes ‘nacos’ de história ao vivo contam – e, mais importante, revelam – a importância estratégica que este pedaço de terra acrescenta ao país e à sua emancipação ao longo da existência da portugalidade.

Nem sempre devidamente cuidados, muitas vezes ostracizados, fazem hoje parte de uma oferta turística que importa trazer ao cimo, conservá-los, requalificá-los, escancará-los para que possam ser visitados e, deles, avistar a sua história, as suas vivências e as suas memórias.

É mesmo uma obrigação e, felizmente, uma boa parte dos municípios estão nessa senda, investindo uns bons euros para colocá-los ao serviço das populações, contando as suas façanhas e atraindo turistas.

Julgo mesmo que a monumentalidade e a arquitetura alentejana podem vir ser um dos cartazes de ouro da região, ombreando com a gastronomia, a cultura das gentes e dos lugares e o sol e mar, que ainda tanto faz pelo setor da região.

Já lá vai o tempo em que, por falta de vontade política e, não raramente por estrangulamentos financeiros, se deixava ao abandono e à selvática degradação estas autênticas joias que, trazidas a uma nova vida, relevam, em cada cantinho do Alentejo, a sua ancestralidade.

É um caminho que se vai fazendo e em relação ao qual não pode haver avanços e recuos, sob pena de ficarem por saldar as contas desse passado memorável e fascinante.

Raul Tavares
Diretor