Tarde para esquecer para o Vitória FC em Coimbra

Equipa de Micael Sequeira falhou em toda a linha, numa exibição desinspirada frente à Académica. Briosa vergou sadinos a uma pesada derrota de 3-0.

A tarde deste sábado foi para esquecer para o Vitória FC, tendo sido derrotado pela Académica por 3-0, em partida a contar para a Liga 3, decorrida no Estádio Cidade de Coimbra. Nem a enorme falange de apoio que saiu de Setúbal inspirou a equipa sadina na cidade dos estudantes.

Os sadinos apresentaram-se com Rafa Alves (guarda-redes), Tiago Melo, Adama François, Lourenço Henriques, David Santos, José Semedo, Lucas Marques, Pedro Pinto, José Varela, Zequinha e Gabriel Lima.

A Académica, na estreia de Zé Nando ao comando da briosa, alinhou com Nuno Hidalgo, Fábio Pala, Diogo Costa, Benny, Francisco Lopes, Rodrigo Guedes, David Teles, David Brás, Hugo Seco, Vasco Paciência e Desmond Nketia.

Desde cedo se percebeu que a viagem a Coimbra podia não ser proveitosa para os sadinos. A equipa mostrava desinspiração na troca de bola, não conseguindo progredir no terreno e agredir o adversário. Paralelamente, a Académica parecia bem montada em campo, dominando o meio-campo e procurando sair rápido para o ataque.

A “briosa” estava mais ligada ao jogo e teve a justa recompensa pela sua entrega. Corria o minuto 15 da partida, quando num livre lateral, Benny foi mais lesto que a defesa sadina e cabeceou para o fundo das redes, abrindo o marcador para a Académica.

Contudo, pouco tempo depois do golo, as coisas pareciam mudar de figura a favor do Vitória FC. Num lance de inspiração de Zequinha, o experiente avançado é travado de forma ríspida por Hugo Seco, entrada que lhe valeu inequivocamente o cartão vermelho, na opinião do árbitro da partida, Marco Cruz. Não podíamos estar mais enganados. Nem com superioridade numérica o Vitória se conseguiu soltar e continua a desinspiração que marcou o início da partida.

A superioridade acabaria por não durar muito. À meia hora de jogo, François salta com o avançado da briosa, mas faz falta. A dureza do embate fez com que o árbitro lhe desse o segundo amarelo e por consequência ditava a expulsão do senegalês do jogo, repondo a igualdade numérica no relvado.

O Vitória pareceu acordar e teve o melhor período na partida. O emblema setubelense ficou mais dinâmico e começou a aproximar-se com mais perigo da baliza da Académica, ainda assim sem verdadeiras oportunidades reais de golo.

As coisas iam de mal a pior para os sadinos. Ao minuto 39, o conjunto da casa chegaria ao 2-0. Num canto batido ao primeiro poste, Diogo Costa consegue bater a defesa e fazer o tento. Fica na retina a completa desconcentração da defesa do Vitória que deu muito espaço e pareceu apática no lance.

No regresso das cabines, para o intervalo, Micael Sequeira procurou mexer com o jogo e reorganizar a equipa. Camilo Triana entrou para o lugar de José Varela, na busca de melhor dinamizar o ataque, enquanto para a defesa entrou Luís Pedro para o lugar de David Santos.

O Vitória mexeu-se mais e bem procurou mudar a história do jogo, mas a desinspiração era por demais. Os sadinos ainda apareceram perigosos, tentando ameaçar a baliza da Académica, mas encontrava sempre boa réplica da defesa dos estudantes.

A Académica soube esperar e aguentar a pressão do Vitória, que em abono da verdade nunca foi suficientemente sufocante. O conjunto de Zé Nando acabou por matar o encontro, fazendo o 3-0 por Vasco Gomes.

No final da partida a grande falange de apoio que partiu de Setúbal contestou fortemente o treinador Micael Sequeira, insatisfeita pela fraca e desinspirada exibição dos sadinos, com a agravante de ter sofrido esta pesada derrota frente a um emblema que tinha apenas três pontos em sete encontros realizados até ao momento.

Com esta derrota em Coimbra, o Vitória vê interrompida uma assinalável série de cinco jogos sem perder. Os sadinos ocupam o 4º lugar da Série B da Liga 3, mas pode terminar a jornada fora da zona de subida e cair até três lugares na classificação, caso os seus adversários diretos vençam no restante da jornada.