Cada vez com mais aderentes, a iniciativa mostra tudo sobre a produção, mas também dá a conhecer a gastronomia e as tradições. Há percursos para todos os gostos e também a Casa Mãe, em Palmela, que promove as adegas.
A época das vindimas é próspera para o turismo da região. Há circuitos organizados que todos os anos movimentam mais de uma centena de milhar de pessoas, levando-as a dezenas de enoturismos. Organizado pela Casa Mãe Rota dos Vinhos, sediada em Palmela, esta iniciativa promove não só os vinhos e a gastronomia, mas também as tradições e as técnicas utilizadas.
“Atualmente existem 24 produtores aderentes à Rota dos Vinhos. Todos cumprem o requisito essencial, que é o enoturismo, e todos possibilitam um conjunto de experiências aos turistas”, explicou ao Semmais o presidente da Casa Mãe, Ângelo Machado.
A adesão cifrou-se, no ano passado, em 150 mil pessoas. Este número poderá em 2024 ser igualado ou ultrapassado, uma vez que há cada vez mais interessados nas experiências oferecidas pelos produtores. “Cada produtor é o organizador. Realizam-se visitas às vinhas, apanham- -se as uvas, faz-se a pisa a pé, efetuam- -se provas e conversas com os enólogos. Existe a preocupação de facultar aos turistas uma vasta lista das atividades inerentes à produção”, explica ainda o mesmo responsável.
Mas não são apenas as técnicas utilizadas nos campos e nas adegas que acabam por estar em destaque. Ao visitarem as vinhas e acompanharem os trabalhadores, os turistas fi cam ainda a conhecer histórias e hábitos ancestrais, como a bucha, que é o período durante a manhã em que se suspende a apanha para que todos se possam alimentar, ou a adiafa, que é nem mais nem menos do que o tradicional banquete que os antigos proprietários vinhateiros ofereciam aos trabalhadores no fi nal de cada campanha. Além disso existe ainda a possibilidade de participação em cruzeiros pelo Sado e Tejo, que são fundamentais para a produção de vinho no distrito.
Em 2023, segundo o presidente da Casa Mãe, as adegas aderentes foram responsáveis pela realização de 177 atividades diferentes, as quais atraíram cerca de 150 mil visitantes. Deste total, explica Ângelo Machado, um número cada vez mais signifi cativo é de estrangeiros e, sobretudo, de brasileiros. Estes dados comprovam a importância da agricultura e do enoturismo no crescimento económico que se tem vindo a verifi car.