Passam por esta edição artistas como Elvi Balboa, São Castro, Catarina Casqueiro e Tiago Coelho. Destaque também para a presença da companhia italiana “Ivona”, de Pablo Girolami.
A 32ª edição da Quinzena de Dança de Almada, que arranca no próximo dia 19, procura, à semelhança dos anos anteriores, voltar a colocar nos palcos, seis em Almada e dois a Lisboa, o que de mais marcante se faz a nível nacional e internacional na dança contemporânea.
“Procuramos privilegiar os trabalhos contemporâneos que assumem a herança do património técnico da dança, ou seja, temos a preocupação que existam, na programação, espetáculos que sejam coreografi camente muito interessantes e apresentados com interpretes de exceção. O que nos move é isto, promover a dança contemporânea com um peso grande para a fi sicalidade no corpo, como método de expressão”, sublinha Ana Macara, diretora artística do festival, em conversa com o Semmais.
Da extensa cartaz, montado até ao dia 6 de outubro, destaca-se, segundo a mesma responsável, o apoio “à criação artística através de diversas residências”. Nesse sentido, o festival receberá nomes como a coreografa espanhola Elvi Balboa, em parceria com a companhia Colectivo Glovo no projeto “Atopémonos Bailando – Residências artísticas e investigación”. A nível nacional assumem relevo São Castro, coreografa que vai estrear com a Companhia de Dança de Almada a obra “À e Process Of Burning In Reverse”, a 27 de setembro, e ainda Catarina Casqueiro e Tiago Coelho com o trabalho “Forget Me Not”, que encerra esta edição.
Destaque ainda para a apresentação da companhia italiana, “Ivona”, de Pablo Girolami, em estreia no nosso país e que sobe ao palco a 28 deste mês, com o espetáculo “Manbuhsa + Rer”.
Plataforma recebeu mais de 600 candidaturas
O evento abre também espaço a trabalhos de companhias e criadores independentes, através da Plataforma Coreográfi ca Internacional. “É sempre um momento importante para nós. Este ano tivemos mais de 600 trabalhos que concorreram, mas selecionamos apenas vinte e poucos. A nossa atenção vai precisamente para aqueles trabalhos que nos suscitam admiração, surpresa, que contenham algo de novo e que, em simultaneamente, são muito bem dançados, com o bailarino a ter uma importância muito grande, além do conceito que está por detrás de cada coreografi a”, refere Ana Macara.
Face ao número de candidaturas selecionadas, os trabalhos apresentados por via da Plataforma Coreográfica Internacional preenchem grande parte da programação dos três primeiros dias desta edição, por onde vão passar obras oriundas de quase três dezenas de países.
Este ano a quinzena estará nos palcos do Auditório Fernando Lopes-Graça, Salão das Carochas, Teatro-Estúdio António Assunção, Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Experimental, Estúdios da Companhia de Dança de Almada, Auditório Osvaldo Azinheira – Academia Almadense, Instituto Cervantes de Lisboa e Escola Superior de Dança.