Pontos da ordem de trabalhos da Assembleia Geral desta noite que iriam tratar, entre outras, a apresentação do projeto imobiliário para o Bonfim e a alienação de património do clube acabaram por não ser apreciados. Novo sufrágio deverá acontecer a 27 de novembro.
Quando os associados do Vitória FC entraram no Pavilhão Antoine Velge para a Assembleia Geral, cumulativamente ordinária e extraordinária, marcada para esta noite, poderiam esperar muitos desfechos, mas, seguramente, não aquele que acabou por acontecer com o anúncio da queda da direção.
Ao que o Semmais apurou, a estrutura diretiva, liderada por Carlos Silva, já entrava na reunião magna com quatro renúncias de membros que a compunha, situação que procurava ser resolvida nesta AG com a cooptação de outros tantos sócios para recompor a direção. O problema, pelo que chegou ao nosso jornal, é que, entretanto, mais renúncias aconteceram e a direção acabou por cair. Segundo os estatutos do clube a direção tem de reunir quórum e ter na sua maioria elementos eleitos, no caso seis, o que já não se verificava dado que, com estas últimas renúncias, sobraram apenas três.
Face ao apresentado, David Leonardo, presidente da Mesa de Assembleia Geral, vai convocar eleições e a data de 27 de novembro é a que é mais provável para a realização deste sufrágio.
A Assembleia Geral que tinha por pontos: “prestação de esclarecimentos sobre o atual momento do clube; ratificação da decisão de cooptação (artigo 38.º dos Estatutos) para preenchimento de vagas verificadas na direção; discussão e votação do relatório de gestão e contas do exercício de 2023 e os correspondentes relatório e parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar; discussão e votação do orçamento de receitas e despesas elaborado pela Direcção, para o ano de 2025; apresentação e votação de duas propostas subscritas por um grupo de associados denominado “Movimento Pró Vitória” (com vista à criação (1) de uma Comissão Independente de Acompanhamento e Fiscalização da Alienação do Património e (2) da quota suplementar PRÓVITÓRIA, de carácter facultativo e com a exclusividade de pagamento das prestações do PIRE); apresentação e discussão do projeto imobiliário para os terrenos do Complexo Desportivo do Bonfim; Deliberação sobre a alienação de bens imóveis que integram o património do Clube”, acabou por se limitar ao primeiro ponto da ordem de trabalhos.
Foi revelado também, na reunião magna que acabou por não ser tão extensa como se esperaria, que o novo Plano de Recuperação (PIRE) foi homologado, logo o Vitória FC passará a ter de pagar aos credores abrangidos neste plano 86 mil euros mensalmente, obrigação que arranca nos próximos 30 dias.
Este tema deverá ser devidamente aprofundado na próxima edição impressa do Semmais, publicada na sexta-feira no distrito com o Expresso.