Obra insere-se num plano mais vasto, o Parque Urbano da Várzea, onde já foram investidos cerca de quatro milhões. No próximo ano a Câmara de Setúbal inicia a construção do centro interpretativo do espaço.
A empreitada de valorização do corredor ecológico da ribeira do Livramento, em Setúbal, já está adjudicada prevendo-se que os trabalhos, estimados numa primeira fase em 740 mil euros, comecem até final do ano. Com esta obra, fica parcialmente concluído o Parque Urbano da Várzea, estrutura que para além da componente de lazer se afigura importante para a cidade devido à sua capacidade para, por exemplo, impedir inundações. No início de 2025 será lançada uma segunda empreitada, de valor idêntico à primeira, que implica a realização de mais trabalhos relacionados com a melhoria do meio ambiente e a segurança.
A primeira fase destes trabalhos agora anunciados pela autarquia sadina inclui a colocação de diversos pavimentos nos caminhos existentes ao longo dos cerca de 14 hectares de terreno incluídos no parque Urbano da Várzea. Serão também instaladas travessias, em madeira, sobre a ribeira do Livramento, situação que, dizem os técnicos, irá contribuir para melhor a permeabilidade da área, tornando-a mais resistente a cheias.
“Será igualmente melhorado todo o sistema de iluminação, tornando o local mais seguro para quem ali passa ao entardecer e durante a noite, e colocado diversos mobiliário urbano em todo o corredor”, explicou fonte conhecedora do processo.
Um dos aspetos em destaque nas obras que se irão realizar, numa segunda fase na ribeira do Livramento, diz respeito ao percurso interpretativo que ali será instalado. De acordo com os responsáveis do setor urbanístico da câmara, irão ser colocados ao longo de 1.280 metros de percurso oito pontos descritivos que, para além de explicarem a importância dos equipamentos, farão também uma descrição pormenorizada das espécies arbóreas utilizadas. “Pretendemos explicar com clareza tudo o que tem sido feito para, por exemplo, controlar as cheias”, revelou um dos interlocutores camarários.
Considerado uma mais valia em termos ecológicos, o corredor da ribeira do Livramento, cujo financiamento foi obtido através do Programa 2030, é visto como uma obra estruturante da cidade. “Está inserido no Parque Urbano da Várzea, cujos trabalhos têm vindo a ser concretizados ao longo dos anos e que já representam um investimento na ordem dos quatro milhões. É importante em termos ecológicos e de lazer, mas também se revela fundamental para a criação de medidas, como são as bacias de retenção das águas, fundamentais para protegerem pessoas e bens”, dizem os responsáveis municipais com o pelouro do Urbanismo.
De acordo com a informação camarária, a empreitada de valorização do corredor ecológico da ribeira do Livramento tem um prazo de execução de 165 dias.